‘Caçadora’ de energia escura, câmera mais poderosa do mundo faz primeiras imagens

ESTADÃO – DE SÃO PAULO

Um consórcio internacional de pesquisa deu mais um passo na “caçada” à energia escura– o misterioso elemento que explicaria a expansão do Universo. A câmera digital mais potente do mundo, construída pela Dark Energy Survey (Pesquisa em Energia Escura, em inglês), acaba de registrar suas primeiras imagens.

Em cada imagem, o equipamento é capaz de registrar a luz de cerca de 100 mil galáxias distantes até 8 bilhões de anos-luz.

A câmera de 570 megapixels levou oito anos para ser construída por um time de cientistas de três continentes.

Batizada de DECam, a câmera tem uma matriz com mais de 62 sensores, o que possibilita uma alta sensibilidade da região vermelha do espectro magnético. Usada em conjunto com o telescópio de solo Blanco, que tem um espelho coletor de 4 metros e fica no Chile, os pesquisadores esperam fazer o maior levantamento de galáxia já realizado.

Divulgação Fermilab/France Presse

Imagem aproximada de uma das fotos liberadas pela Decam mostra aglomerado globular 47 Tucanae, que está localizado a aproximadamente 17 mil anos-luz da Terra

Por enquanto, as imagens liberadas são apenas testes. A câmera começa a funcionar para valer em dezembro. O objetivo é que a DECam faça imagens detalhadas em cores de um oitavo do céu para descobrir e medir 300 milhões de galáxias, 100 mil aglomerados de galáxias e 4.000 supernovas e outros objetos de interesse astronômico.

O material coletado servirá para analisar os efeitos da energia escura por meio de estudos de aglomerados de galáxias, supernovas, estruturas em grande escala das galáxias e do efeito de lentes gravitacionais fracas. A combinação dessas quatro de técnicas é até agora inédita nesse campo.

ENERGIA ESCURA

O estudo da energia escura é hoje uma das áreas mais promissoras da astronomia. No ano passado, o Nobel em física contemplou essa descoberta, que ainda é cercada de mistérios.

Em 1998, dois grupos independentes verificaram, através da observação de supernovas (explosões de estrelas) distantes, que o Universo estava se expandindo, e não se contraindo, como deveria acontecer segundo a teoria da Relatividade proposta por Albert Einstein, que diz que a gravidade deveria funcionar como um freio, reduzindo progressivamente a aceleração do Universo.

Para explicar esse resultado, os cientistas precisaram adicionar um novo “ingrediente” à mistura que compõe o Cosmos: a energia escura.

Essa espécie de antigravidade, por enquanto, só pode ser observada por sua ação em maiores escalas, como as galáxias.

BRASIL

O país participa da Dark Energy Survey por intermédio do LIneA (Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia), sediado no Observatório Nacional (ON).

“As características de um levantamento deste porte exigem recursos computacionais e infraestrutura de armazenamento, processamento e distribuição de dados que não podem ser replicadas nas instituições dos participantes”, disse em comunicado Luiz Nicolaci, coordenador do DES-Brazil e idealizador do LIneA.

Após o período de tempo de propriedade exclusiva da colaboração, os dados do levantamento serão disponibilizados para a toda a comunidade científica.

21/09/2012 at 2:33 PM Deixe um comentário

Cérebros humanos são mais parecidos do que se pensava, aponta estudo

Estadão – Da Efe

Pesquisadores afirmam que todos os cérebros compartilham a mesma estrutura molecular básica, mas também escondem grandes complexidades bioquímicas

 

Apesar das diferenças em personalidade e habilidades cognitivas, os cérebros humanos são mais parecidos do que se pensava e escondem uma grande complexidade bioquímica, informa a revista científica “Nature”.

Arquivo/AE

Esse é o 1º mapa em alta resolução do cérebro humano que traz anatomia e informação genética

Os cérebros compartilham a mesma estrutura molecular básica, mesmo pertencendo a pessoas muito diferentes, e possuem uma “enorme complexidade bioquímica”, explicou à Agência Efe Ed Lein, neurobiólogo e co-autor do estudo.

Estas conclusões procedem da primeira análise em grande escala dos dados obtidos pelo projeto “Allen Human Brain Atlas”, o primeiro mapa em alta resolução do cérebro humano que integra tanto sua anatomia como sua informação genética.

Embora o atlas já tenha sido apresentado no ano passado, a publicação britânica divulga apenas hoje as primeiras conclusões do estudo, realizado por uma equipe de cientistas do Allen Institute for Brain Atlas de Seattle, liderados pelo matemático Michael Hawrylycz.

O mapa, desenhado a partir do cérebro completo de dois homens saudáveis e de um só hemisfério de um terceiro, abrange cerca de 900 subdivisões deste órgão e permite visualizar em três dimensões a atividade dos genes em distintas partes do cérebro.

Assim, os cientistas observaram que 84% dos genes se expressam em algum lugar do cérebro humano, em padrões que se parecem muito em diferentes cérebros.

Além disso, segundo Lein, o hemisfério direito e esquerdo não mostram grandes diferenças quanto à arquitetura molecular.

“Estes resultados só arranham a superfície do que podemos aprender a partir deste imenso conjunto de dados. Estamos impacientes para ver o que outros (pesquisadores) podem descobrir”, comentou Lein.

Os cientistas continuarão acrescentando dados ao atlas durante este ano, e com eles esperam obter nova informação sobre o impacto de doenças como o Alzheimer, epilepsia, Parkinson, autismo e esquizofrenia sobre distintas regiões cerebrais.

Há vários anos existem mapas de alta resolução que mostram a expressão dos genes no cérebro dos ratos, mas até agora só haviam sido elaborados atlas muito simplórios do cérebro humano devido, entre outros fatores, ao fato de ser mil vezes maior que o dos roedores.

21/09/2012 at 2:10 PM Deixe um comentário

Cientistas australianos anunciam avanço em direção ao computador quântico

Estadão – Da Efe

Desenvolvido com tecnologia quântica, computador é muito mais potente do que qualquer um dos modelos atuais

 

Uma equipe de cientistas australianos anunciou nesta quinta-feira em Sydney um avanço decisivo na elaboração de um computador de tecnologia quântica, muito mais potente do que qualquer um dos modelos atuais.

“Pela primeira vez, demonstramos a capacidade para representar e manipular informação no spin (de um elétron de um átomo de fósforo) para formar um bit quântico, ou ‘qubit’, a unidade básica de informação para um computador quântico”, declarou o professor Andrew Dzurak, da Universidade de Nova Gales do Sul.

“Esta questão é fundamental para avançarmos em direção ao computador quântico de silício baseado em átomos simples”, acrescentou o cientista.

Ao lado de Andrea Morello, Dzurak dirige a equipe de profissionais envolvidos no projeto, que também conta com cientistas da Universidade de Melbourne e de University College de Londres, cujos avanços foram publicados na revista “Nature”.

“O que fizemos foi combinar a física quântica com o transistor tradicional, quase padrão, de silício”, apontou Andrea.

Os pesquisadores australianos calculam que o primeiro computador quântico – idealizado pela primeira vez na década 70 -, poderá se tornar uma realidade entre cinco e dez anos.

21/09/2012 at 2:06 PM Deixe um comentário

Chocolate faz cérebro produzir ‘entorpecente’ parecido com o ópio

Do G1, em São Paulo

Estudo nos EUA mostra por que vontade de comer doce é tão irresistível. Alimento ativa mesma área cerebral em obesos e dependentes químicos.

 

A vontade quase incontrolável de comer chocolate está ligada à produção de uma substância química no cérebro semelhante ao ópio – entorpecente extraído de uma flor chamada papoula, que também é matéria-prima da heroína.

A descoberta foi feita em ratos por um novo estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, publicado na revista científica “Current Biology”.

Segundo a pesquisadora Alexandra DiFeliceantonio, o cérebro tem sistemas de recompensa por consumo excessivo mais complexos do que se pensava – e essa pode ser uma explicação para o atual aumento na ingestão de doces e gorduras pela população mundial.

Após droga, rato comeu mais que o dobro de doce que o normal (Foto: Universidade de Michigan/Divulgação)

No trabalho, as cobaias receberam uma droga que ativa uma região no meio do cérebro denominada “estriado”, que controla os movimentos e também os hábitos. Depois disso, os animais comeram mais que o dobro de confeitos de chocolate que o normal.

Os pesquisadores também identificaram que a quantidade de encefalina – uma droga natural secretada pelo cérebro, semelhante à morfina – aumentou quando os ratos começaram a consumir os pedaços de doce. Isso não significa que essa substância faça os bichos comerem mais, apenas que aumentam o desejo e o impulso pelo alimento.

De acordo com Alexandra, a descoberta pode ajudar a entender melhor a compulsão em humanos, pois o estriado é a mesma área cerebral envolvida quando pessoas obesas se deparam com alimentos ou dependentes químicos veem drogas.

A expectativa dos cientistas agora é descobrir o que acontece com a mente quando um indivíduo passa em frente ao seu restaurante de fast food favorito e sente aquela vontade súbita de parar e fazer uma “boquinha”.

21/09/2012 at 1:52 PM Deixe um comentário

Melhor condição de vida traz mais felicidade que dinheiro, diz estudo

Do G1, em São Paulo

Pesquisa foi feita durante 15 anos com famílias pobres dos Estados Unidos. Resultados foram publicados na edição da ‘Science’ desta quinta-feira.

 

Estudo feito nos Estados Unidos aponta que a oferta de melhores condições de vida para famílias pobres — como a criação de bairros com melhor infraestrutura e serviços públicos — pode trazer mais felicidade do que a elevação da renda dos moradores.

A investigação, cujos resultados foram apresentados na edição da revista “Science” desta quinta-feira (20),  tentou “medir” os níveis de felicidade de moradores participantes de um projeto que envolveu universidades e o governo federal.

Famílias que moravam em áreas degradadas de grandes cidades, mas que se mudaram para regiões com melhor infraestrutura e mais serviços públicos, tiveram alterações positivas nos níveis de saúde e educacionais — independente do aumento de renda.

Conduzida por diversas instituições do país, como as universidades de Chicago e Harvard, os estudiosos queriam verificar até que ponto a mudança de um bairro “sofrido”, com altos índices de violência e pobreza, para um bairro com menos deficiências poderia interferir na felicidade das pessoas.

Mudança proporcionou melhora no bem-estar
Em 1994, quando o estudo foi iniciado, o governo norte-americano selecionou famílias pobres de Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles e Nova York para morarem em bairros populares, construídos pelo poder público. O projeto foi idealizado pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA.

Análise feita durante o período médio de 15 anos após a mudança dessas famílias, verificou que os moradores criaram autossuficiência econômica – ainda que muitos continuem fazendo parte da faixa de famílias de baixa renda – e apresentaram melhoras nas taxas de obesidade, depressão e doenças mentais.

Outro dado importante é que os filhos dessas famílias se tornaram mais propensos em se formar no Ensino Médio e menos propensos ao comportamento delinquente ou de risco.

Segundo a pesquisa, os resultados questionam a eficácia de projetos públicos de combate à pobreza no país e aponta que esforços políticos de melhorar condições de infraestrutura em bairros críticos pode ser uma forma mais eficaz de melhorar a qualidade de vida da população.

Cerca de 9 milhões de pessoas nos Estados Unidos vivem na faixa de “extrema pobreza”, em bairros onde ao menos 40% dos moradores ganham menos de US$ 23 mil ao ano (renda para uma família de quatro pessoas, baseado em dados de 2011).

Normalmente segregados, com altas taxas de criminalidade e baixa qualidade na oferta de serviços públicos, os moradores dessas localidades apresentam reflexos negativos dessa deficiência em sua saúde.

21/09/2012 at 1:46 PM Deixe um comentário

Cientistas descobrem galáxia que pode ser a mais distante já vista

Do G1, em São Paulo

MACS 1149-JD fica a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra. Imagem que chega à Terra mostra primórdios do Universo, segundo teoria.

Imagem mostra galáxia MACS 1149-JD; à direita, a Nasa destaca detalhes da foto (Foto: NASA/ESA/STScI/JHU)

Telescópios espaciais da Nasa identificaram uma galáxia que pode ser a mais distante já encontrada pelo ser humano. Ela está a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra, o que significa que é também uma das galáxias mais antigas já vistas, pois o que conseguimos ver dela já aconteceu há mais de 13 bilhões de anos.

Pela teoria do Big Bang, a mais aceita pelos astrônomos, o Universo tem cerca de 13,7 bilhões de anos. A galáxia identificada, que ganhou o nome de MACS 1149-JD, tinha “apenas” 200 milhões de anos nessa imagem, segundo os autores da pesquisa que a descobriu, publicada nesta quarta-feira (19) pela revista científica “Nature”.

A observação de pontos como esse é importante para entender como aconteceu a chamada “reionização”, um processo químico ocorrido nos primórdios do Universo, segundo a teoria.

O estudo foi liderado por Wei Zhang, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA, e se baseou em observações dos telescópios Hubble e Spitzer.

21/09/2012 at 1:40 PM Deixe um comentário

Dente de 6,5 mil anos com cera de abelha pode ser 1º vestígio de dentista

Do G1, em São Paulo

Osso de mandíbula com coroa foi achado na Eslovênia, no Leste Europeu. Material pode ter servido para diminuir a dor e sensibilidade de rachadura.

 

Um dente de 6,5 mil anos de idade encontrado na Eslovênia, no Leste Europeu, pode ser o vestígio mais antigo da existência de um dentista, aponta um novo estudo italiano publicado na revista científica “PLoS One”. Isso porque a coroa continha um preenchimento de cera de abelha que pode ter sido aplicado para diminuir a dor e a sensibilidade da pessoa.

Os pesquisadores, liderados por Federico Bernardini e Tuniz Claudio, do Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica, analisaram um osso de mandíbula que incluía um dente humano.

Dente é coberto por cera na parte amarela (Foto: Bernardini F, Tuniz C, Coppa A, Mancini L, Dreossi D, et al.)

Trabalhando em conjunto com o laboratório de física Sincrotrone Trieste e outras instituições, a equipe concluiu que a cera foi aplicada na época da morte do indivíduo, mas não é possível saber se foi antes ou depois.

Se o material foi colocado antes, provavelmente se destinou a reduzir o desconforto provocado por uma rachadura vertical nas camadas de esmalte (externa) e dentina (mais interna).

Segundo Tuniz, o desgaste severo do dente ocorreu possivelmente por um uso em atividades não alimentares, como a tecelagem, normalmente feita por mulheres do período Neolítico – entre 10 mil a.C. e 3 mil anos a.C.

Evidências odontológicas na pré-históra são escassas, por isso esse novo objeto pode ajudar a fornecer informações sobre os primeiros “consultórios” dentários. A descoberta, de acordo com Bernardini, pode ser a evidência mais antiga de odontologia e terapia paliativa dental em toda a Europa.

21/09/2012 at 1:34 PM Deixe um comentário

Material derivado do vidro pode servir como enxerto para ossos

Folha de São Paulo – JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBERÃO PRETO

 

Uma pesquisa desenvolvida na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) propõe uma nova técnica para a realização de enxertos ósseos, usando um material produzido a partir do biosilicato (pó de vitrocerâmica).

Segundo os pesquisadores do LaMav (Laboratório de Materiais Vítreos), o produto, obtido por meio de um processo de cristalização de vidros, pode ser vantajoso quando comparado ao método mais usado hoje: o enxerto autógeno, com material do próprio paciente.

O enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico feito em pacientes que perderam parte de um osso. Isso ocorre, por exemplo, quando acontece um acidente ou quando um tumor é removido. A aplicação é feita para corrigir a falha em decorrência da lesão.

Editoria de arte/folhapress

Ana Cândida Martins, professora do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, diz que o novo material é altamente bioativo, ou seja, possui enorme habilidade de interação com o osso e de levar à sua regeneração.

“É um produto poroso. O tecido cresce dentro desse material, e experiências até agora indicam que não há rejeição do organismo.”

O doutorando Murilo Camuri Crovace, que iniciou a pesquisa, diz que já foram feitos, por mais de cinco anos, testes in vitro e em animais, com eficácia comprovada da técnica em aplicações na tíbia de roedores.

O próximo passo é achar parceiros para o início de testes em humanos. Ele estima que a opção pode estar disponível no mercado daqui a cinco ou dez anos.
Crovace afirma ainda que o material poderá ser produzido em formas irregulares para se adequar às dimensões do defeito ósseo de cada paciente. “O médico poderia esculpir o produto no momento da cirurgia.”

Segundo o pesquisador, também podem ser usadas técnicas como a prototipagem rápida, o que permitirá, a partir de dados obtidos por meio de tomografia, construir pedaços do produto do tamanho exato das lesões.

MENOS INFECÇÕES
O presidente do comitê de reconstrução e alongamento ósseo da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), Rubens Antônio Fichelli Júnior, afirma que a busca por um material que substitua o procedimento de enxerto autólogo, com material do próprio paciente, em lesões ósseas é constante e importante para a medicina.

“Se esses estudos avançarem e a eficácia for comprovada, isso vai facilitar as cirurgias, podendo, no futuro, diminuir riscos de infecções, além de permitir preencher um espaço muito maior de falha [no osso lesionado].”

18/09/2012 at 2:34 PM Deixe um comentário

Parque da Bolívia tem maior biodiversidade mundial, diz entidade

Do G1, em São Paulo

Reserva de Madidi reúne 11% das espécies de pássaros do mundo.

 

Uma reserva florestal no noroeste da Bolívia é o local com a maior biodiversidade do planeta, segundo um levantamento feito pela entidade internacional de preservação ambiental Wildlife Conservation Society (WCS), baseada nos Estados Unidos.

Segundo uma compilação de dados da WCS, o Parque Nacional Madidi reúne 11% das espécies de pássaros do mundo, 200 espécies de mamíferos, quase 300 tipos de peixes e 12 mil variedades de plantas.

Fêmea de uirapuru-de-chapéu-azul é uma das espécies de aves do parque (Foto: Mileniusz Spanowicz/WCS)

Em seu território de 19 mil quilômetros quadrados, o parque abrange desde florestas tropicais da Amazônia até picos congelados dos Andes.

Parque Madidi abrange árvores e mais plantas típicas da região amazônica (Foto: Mileniusz Spanowicz/WCS)

O levantamento é resultado de dados coletados por mais de 40 cientistas de várias entidades que trabalharam no parque por 15 anos.

Onça-pintada aproveita o fim de tarde perto do rio Madidi, na Bolívia (Foto: Mileniusz Spanowicz/WCS)

Os autores concluem que apenas 11 países no mundo possuem maior número de espécies de pássaros que o parque Madidi. No total, são 1,1 mil espécies diferentes na reserva. Os Estados Unidos, por exemplo, têm em todo o país 900 espécies de pássaros.

Filhote de gavião-real pertence à espécie mais poderosa de ave predatória (Foto: Mileniusz Spanowicz/WCS)

O Madidi é um dos maiores destinos turísticos da Bolívia e faz parte de um complexo maior de conservação chamado Madidi-Tambopata.

Veja outras fotos na galeria da BBC Brasil.

Cobra azulão-boia é uma das 50 espécies de cobras que vivem no parque (Foto: Mileniusz Spanowicz/WCS)

18/09/2012 at 1:46 PM Deixe um comentário

Identificados genes que determinam formato do rosto

Estadão – Da BBC BRASIL

Cientistas na Holanda acreditam que descoberta ajudará perícia forense no futuro

 

Cientistas na Holanda identificaram cinco genes que determinam o formato do rosto humano.

Liu e demais autores/PLoS

A partir de imagens e de retratos fotográficos, cientistas calcularam comprimentos de cada rosto

Em um estudo com mais de 10 mil pessoas, publicado esta semana na revista científicaPlos Genetics, os cientistas usaram imagens feitas a partir de ressonância magnética para analisar as diferentes características do rosto de cada um.

A partir destas imagens e de retratos fotográficos, eles calcularam os comprimentos de cada rosto.

Em seguida, eles verificaram quais genes essas pessoas com características físicas parecidas tinham em comum – em uma análise conhecida como “associação genômica ampla”.

A equipe da Erasmus University Medical Center de Rotterdã, na Holanda, acredita que o formato e os traços do rosto humano são definidos pelo genes PRDM16, PAX3, TP63, C5orf50 e COL17A1.

Os autores do estudo acreditam que a descoberta pode ter repercussões importantes no trabalho de peritos forenses. A teoria é de que a polícia será capaz de reconstituir o formato do rosto de um suspeito a partir do DNA encontrado na cena de um crime.

No entanto, eles admitem que esse tipo de tecnologia ainda está longe de ser desenvolvida.

“Estes primeiros resultados são animadores e marcam o começo de uma compreensão genética da morfologia facial humana”, disse Manfred Kayser, que liderou o estudo na instituição holandesa.

“Talvez em algum tempo seja possível desenhar um retrato ‘fantasma’ de uma pessoa baseado unicamente no DNA deixado para trás, o que pode ter aplicações interessantes em campos como a perícia forense.”

18/09/2012 at 1:34 PM Deixe um comentário

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